Foto: ABRASCO.
A cada dia que passa, a obesidade se afirma e garante seu lugar nas nossas vidas, infelizmente.
Em recente artigo publicado na Folha, o epidemiologista Eduardo Faerstein e o nutricionista Fábio Gomes tentam nos alertar sobre os falsos produtos alimentícios, os produtos ultraprocessados, que são versões alteradas dos alimentos acrescidos de grandes quantidades de produtos químicos. Se parece com um alimento, mas passa de longe com todo seu "sabor artificial", "aroma artificial", corantes, e uma infinidade de compostos para disfarçá-los e terem a cara de um alimento.
O artigo ainda lembra bem, como a indústria pode deturpar nosso pensamento e fazer com que acreditemos que tais produtos são os melhores que poderíamos adquirir na alimentação:
"Para tanto, são utilizadas estratégias mercadológicas: personagens infantis no rótulo de produtos, propaganda com jingle que “gruda” na mente, sorteios, venda casada com brinquedos e oferta de porções gigantes a preços promocionais. Chega-se até ao financiamento de campanhas eleitorais e à contratação de cientistas para afirmarem que o produto faz bem."
E o que ganhamos com isso? Um aumento no número de pessoas que desenvolvem cada vez mais cedo a Diabetes e a Hipertensao. Isso está acontecendo cada vez mais cedo, onde pais levam os filhos para sair e para mostrar todo seu carinho, substituem as refeições por sanduíches cheios de gordura acompanhados de bebidas açucaradas. Aos poucos estamos criando uma população doente, nutricionalmente desequilibrada.
É preciso que programas e políticas de saúde enxerguem como está a alimentação da nossa população. As medidas preventivas já se pedem em caráter urgente e os programas e legislações tem que se fazer mais presentes e orientativos. A obesidade não é mais um problema futuro, ela já é presente e está na nossa porta.
Leia o texto na íntegra: Falsos Alimentos.